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Uzbequistão pagou a deportação de 131 imigrantes ilegais dos EUA


Os Estados Unidos deportaram 131 imigrantes ilegais para o Uzbequistão como parte de um acordo entre os dois países. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês).

A operação foi totalmente custeada pelo governo uzbeque. Entre os enviados de volta, há também cidadãos do Cazaquistão e do Quirguistão.

“Elogiamos o presidente do Uzbequistão, Shavkat Mirziyoyev, por sua liderança ao enviar um voo para devolver 131 estrangeiros ilegais ao seu país de origem”, disse a secretária do DHS, Kristi Noem. “Esperamos continuar trabalhando em conjunto com o Uzbequistão em esforços para reforçar nossa segurança mútua e defender o Estado de Direito.”

A parceria com o Uzbequistão marcou o mais recente acordo com países estrangeiros negociado pelo governo atual. A operação faz parte de uma repressão federal mais ampla à imigração ilegal sob o presidente Donald Trump.

Entre as parcerias bem-sucedidas, o Departamento de Segurança Interna destacou que Trump persuadiu a Colômbia a começar a aceitar imigrantes ilegais removidos dos EUA.

O presidente americano também desenvolveu uma cooperação com El Salvador para prender imigrantes ilegais que são  suspeitos ou confirmados como membros de gangues. Em um desses acordos, os EUA pagaram a El Salvador 6 milhões de dólares para manter os ilegais por um ano na prisão de segurança máxima do país.

O DHS já deportou para El Salvador quase 300 estrangeiros identificados como membros do Tren de Aragua e do MS-13, grupos designados como terroristas pelos EUA.

De acordo com o Departamento, Trump também fechou um acordo com o México para combater os cartéis de drogas. A parceria levou à prisão de mais de 6 mil traficantes de entorpecentes.

Ainda segundo o DHS, a administração atual já realizou mais de 142 mil deportações até agora. As abordagens diárias na fronteira caíram 95% desde que Trump assumiu o cargo.

“Esses são apenas alguns dos esforços bem-sucedidos que refletem a visão do presidente Trump para uma forte cooperação diplomática e um sistema de imigração restaurado, garantindo que os estrangeiros ilegais sejam devolvidos aos seus países de origem. Estamos apenas começando”, afirmou a agência.

As deportações foram contestadas na justiça.

Ontem, um juiz federal limitou a capacidade de Trump de deportar rapidamente imigrantes ilegais detidos em Guantánamo. O magistrado ordenou que o governo garantisse que os imigrantes ilegais detidos na base naval dos Estados Unidos em Cuba tivessem a oportunidade de levantar qualquer preocupação sobre sua segurança antes de serem enviados para El Salvador ou outros países de onde não são originários.

A ordem do juiz foi emitida após defensores dos direitos dos imigrantes argumentarem que Trump violou sua ordem judicial quando o Departamento de Defesa colocou quatro venezuelanos, que estavam em Guantánamo, em um voo para El Salvador.

Democratas criticaram as deportações de Trump.

Em um caso de grande repercussão, um grupo de parlamentares democratas viajou a El Salvador para pedir a libertação de Kilmar Abrego Garcia. Segundo eles, o homem foi deportado injustamente, em violação a uma ordem judicial que o protegia de ser enviado de volta ao seu país de origem.

O DHS manteve a posição de que o salvadorenho estava ilegalmente nos Estados Unidos antes da deportação e que era membro da gangue MS-13.

Segundo a agência, Abrego Garcia também era suspeito de envolvimento com tráfico humano e foi acusado de abuso doméstico.

No início de abril, um juiz federal ordenou que a administração Trump facilitasse seu retorno aos EUA. O presidente salvadorenho Nayib Bukele afirmou publicamente que não o enviará de volta.

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