Terapia inovadora reverte danos pulmonares e nervosos causados pela COVID-19
Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Muitos de nós que foram infectados pelo vírus da COVID-19 enfrentam desafios de saúde de longo prazo, incluindo nódulos pulmonares, complicações graves e cirurgia. Os tratamentos atuais para esses efeitos de longo prazo ainda são limitados. Para isso, este artigo apresentará o potencial da terapia com exossomos, um tratamento de ponta, para tratar a síndrome da COVID-19, especialmente seus aspectos neurológicos e de saúde mental, além de beneficiar o coração e os pulmões.
O Dr. Philip W. Askenase, professor de imunologia da Escola de Medicina da Universidade de Yale, propôs em um jornal acadêmico que a terapia com vesículas extracelulares deveria ser usada para tratar os principais sintomas do sistema nervoso central da síndrome da COVID-19. As vesículas extracelulares são partículas liberadas pelas células, e os exossomos são um tipo de vesícula extracelular.
Danos vasculares e nervosos causados pela COVID-19
Até 30% das pessoas infectadas com a COVID-19 podem desenvolver a COVID-19 longa, uma condição complexa com uma ampla gama de sintomas. Os sintomas comuns incluem fadiga extrema, falta de ar, névoa cerebral e comprometimento cognitivo, alterações no paladar ou no olfato e problemas gastrointestinais.
Em casos mais graves, os pacientes podem desenvolver paranoia, delírios e outros sintomas de psicose. Em alguns casos graves, pode até ser acompanhada de pensamentos suicidas. Esses sintomas têm um sério impacto sobre a saúde diária e a qualidade de vida do paciente.
Além disso, a infecção por COVID-19 também pode afetar os vasos sanguíneos de vários órgãos, causando disfunção orgânica.
Os resultados de estudos de ressonância magnética (MRI, na sigla em inglês) revelaram danos e distúrbios na integridade funcional do tecido cerebral durante a fase de recuperação, levando a sintomas neurológicos e psiquiátricos.
Outros estudos sugeriram que os mecanismos dessas neuropatias podem incluir danos vasculares causados por inflamação do nervo, distúrbios de coagulação e disfunção endotelial, bem como danos neuronais.
Embora algumas teorias iniciais sugerissem a infecção viral direta do tecido do sistema nervoso central, as partículas virais geralmente não são encontradas no fluido cerebrospinal ou no tecido cerebral desses pacientes. Pelo contrário, a inflamação e a resposta imunológica no sistema nervoso central do cérebro podem ser os principais causadores de danos aos nervos.
A mecânica da terapia com exossomos
Os exossomos são vesículas em nanoescala liberadas pelas células, contendo proteínas, lipídios e material genético, que podem promover o reparo e a comunicação entre as células. Descobriu-se que os exossomos derivados de células-tronco mesenquimais são particularmente eficazes.
A terapia com exossomos apresenta efeitos anti-inflamatórios e imunorreguladores significativos. Pesquisas mostram que ela pode reduzir efetivamente a resposta inflamatória excessiva causada pelo vírus da COVID-19 ao inibir a produção de citocinas pró-inflamatórias. O uso de exossomos pode ajudar a reduzir o problema da tempestade imunológica (tempestade de citocinas) no corpo após sofrer com a COVID-19 ou outras infecções.
As capacidades regenerativas dos exossomos também são cruciais. Eles podem promover a regeneração dos tecidos, restaurar a função vascular local e reparar danos microvasculares, o que é uma das chaves para o tratamento da COVID-19. A terapia com exossomos demonstrou eficácia em diversos mecanismos de doenças, como derrame, infarto do miocárdio (ataque cardíaco), lesão da medula espinhal, bem como lesões agudas e crônicas que afetam os rins, o fígado e o cérebro.
Ao contrário de muitas terapias convencionais, os exossomos são capazes de atravessar a barreira hematoencefálica, o que lhes permite atingir diretamente o tecido neural. Isso os torna possíveis candidatos para o tratamento de doenças neuroinflamatórias e neurodegenerativas. Ao visar e reparar os danos microvasculares no cérebro, os exossomos podem ajudar a aliviar os sintomas neuropsiquiátricos associados à COVID-19 e a outras doenças.
Os exossomos podem ser administrados por via intravenosa ou por inalação de aerossol nasal, o que os torna um possível tratamento direcionado para doenças neurológicas, como o mal de Alzheimer e o mal de Parkinson. Como os exossomos podem atingir os tecidos neurais por ambas as vias de administração, eles também se mostram promissores no tratamento de complicações cerebrais relacionadas à COVID-19.
Além disso, os exossomos em aerossol podem ser inalados diretamente nos pulmões, onde podem ajudar a reparar danos pulmonares, incluindo nódulos resultantes da infecção por COVID-19. Essa abordagem poderia melhorar a função pulmonar e apoiar a recuperação em pacientes com complicações respiratórias. Assim, a terapia com exossomos tem um potencial significativo como uma modalidade de tratamento nova e eficaz.
Além disso, a pesquisa mostra que os exossomos produzidos a partir de células-tronco mesenquimais podem reduzir as tempestades de citocinas, reverter a supressão das defesas antivirais do hospedeiro relacionadas à COVID-19 e promover o reparo de danos pulmonares relacionados à atividade mitocondrial.
Implicações clínicas e direções futuras
A COVID-19 trouxe sérios desafios para a saúde física pessoal, a saúde mental e o sistema de saúde. Ao melhorar a função física, aumentar a qualidade de vida e reduzir a carga de longo prazo da COVID-19, a terapia com exossomos oferece um novo raio de esperança.
Embora a terapia com exossomos ainda esteja nos estágios iniciais da pesquisa clínica, são necessários mais ensaios para confirmar sua segurança e eficácia. A aplicação clínica bem-sucedida da terapia com exossomos pode revolucionar o tratamento da COVID-19 e de outras doenças crônicas, trazendo benefícios significativos para pacientes em todo o mundo.
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