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SDF apoiada por EUA e dominada pelos curdos assina acordo para reintegração com Síria | Forças Democráticas Sírias | Acordo de reintegração | EUA e Síria


Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

As Forças Democráticas Sírias (SDF), dominadas pelos curdos e apoiadas pelos EUA, assinaram um acordo com o novo governo em Damasco na segunda-feira (10), reintegrando o nordeste ao resto do país.

As SDF foram criadas com apoio dos EUA em 2015 e ajudaram a derrotar o  Estado Islâmico (ISIS) no leste da Síria em 2019, criando uma região autônoma no nordeste do país, rico em petróleo.

O presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, apertou as mãos do comandante das SDF, Mazloum Abdi, na segunda-feira (10), e o texto do acordo foi publicado na agência de notícias estatal da Síria, SANA.

O atual governo de fato em Damasco foi formado por membros do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), um grupo islâmico sunita designado como organização terrorista estrangeira pelo governo dos EUA.

O HTS surgiu da frente al-Nusra, o braço sírio do grupo terrorista Al-Qaeda.

De acordo com a SANA, o acordo reconhece a comunidade curda “como parte integrante do estado sírio, com o estado sírio garantindo seu direito à cidadania e todos os direitos constitucionais”.

A agência afirmou que o acordo também integraria “todas as instituições civis e militares no nordeste da Síria na administração do estado sírio, incluindo travessias de fronteira, aeroportos e campos de petróleo e gás”.

A SANA declarou que ambos os lados buscariam implementar o acordo até o final de 2025.

Não está claro se as SDF seriam totalmente dissolvidas, entregariam suas armas e seriam assimiladas a um novo exército sírio.

Abdi escreveu em uma publicação na plataforma de mídia social X: “Neste período delicado, estamos trabalhando juntos para garantir uma fase de transição que reflita as aspirações do nosso povo por justiça e estabilidade”.

‘Construindo um futuro melhor’

“Estamos comprometidos em construir um futuro melhor que garanta os direitos de todos os sírios e cumpra suas aspirações por paz e dignidade. Consideramos este acordo uma oportunidade real para construir uma nova Síria que abrace todos os seus componentes e garanta uma boa vizinhança”, acrescentou.

O acordo com as SDF ocorre poucos dias após os Estados Unidos expressarem preocupação com a minoria alauita sendo assassinada no noroeste da Síria pelas forças do HTS.

No domingo (9), o secretário de Estado americano, Marco Rubio, cobrou das autoridades sírias para “responsabilizar os autores desses massacres”.

Rubio disse que os Estados Unidos “apoiam as minorias religiosas e étnicas da Síria, incluindo suas comunidades cristã, drusa, alauita e curda”.

Na segunda-feira (10), em uma entrevista à Reuters, al-Sharaa respondeu: “A Síria é um estado de direito. A lei seguirá seu curso sobre todos. Lutamos para defender os oprimidos e não aceitaremos que qualquer sangue seja derramado injustamente, ou passe sem punição ou responsabilização, mesmo entre aqueles mais próximos de nós.”

Em dezembro, o HTS, apoiado pelas SDF e pelo Exército Nacional Sírio apoiado pela Turquia, derrubou o presidente Bashar al-Assad, apoiado pela Rússia, um membro da minoria alauita, que fugiu para Moscou.

Houve então confrontos no norte, com o SNA tomando a cidade de Manbij das SDF.

A Turquia se opõe há muito tempo às SDF, por causa de seus laços estreitos com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que é classificado como um grupo terrorista por Ancara, Bruxelas, Londres e Washington.

O Conselho Europeu de Relações Exteriores descreve as SDF como uma “coligação multiétnica de combatentes curdos, árabes e cristãos”.

O relatório afirma que o grupo era dominado pelas Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), formadas em 2012, e que as YPG foram formadas por veteranos do PKK, incluindo Mazloum Abdi.

Em 27 de fevereiro, o líder preso do PKK, Abdullah Öcalan, apelou ao grupo para que depusesse as armas.

Em uma declaração de uma prisão na ilha de Imrali, perto de Istambul, Öcalan, de 75 anos, disse: “Como no caso de qualquer comunidade e partido modernos cuja existência não foi abolida pela força, convoque seu congresso para se integrar ao estado e à sociedade voluntariamente e tomar uma decisão.”

“Todos os grupos devem depor as armas e o PKK deve dissolver-se.”

SDF combateu o ISIS

Desde a derrota militar do ISIS, as SDF têm desempenhado um papel importante em ajudar as forças dos EUA a combater elementos jihadistas no leste da Síria.

O Comando Central dos EUA (Centcom) relatou no fim de semana que as SDF realizaram um ataque na cidade de Al-Shuhayl, no leste da Síria, na última quinta-feira (6), e capturaram Salah Mohammad Al-Abdullah, que eles descreveram como “um líder de célula do ISIS”.

Em um comunicado, o Centcom disse que as SDF recuperaram um rifle de precisão, um fuzil de assalto AK-47, granadas de mão e munição.

“A operação liderada pelas SDF faz parte da campanha em andamento Defeat-ISIS para degradar as redes do ISIS e evitar o ressurgimento do grupo terrorista na região.”

“As forças do Centcom capacitaram as SDF durante a operação, fornecendo suporte técnico e inteligência”, acrescentou o comando.

A Reuters contribuiu para esta reportagem.

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