Nova Zelândia e Hong Kong lideram Ásia-Pacífico em facilidade para fazer negócios; China agora está entre os 10 países mais complexos
Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
A Nova Zelândia e Hong Kong ainda são consideradas os países mais fáceis para se fazer negócios na região Ásia-Pacífico, ficando em terceiro e quarto lugar, respectivamente, no ranking mundial, atrás das Ilhas Cayman e da Dinamarca.
Isso é o que mostra o Índice de Complexidade Empresarial Global (GBCI, na sigla em inglês) deste ano, que analisa o ambiente de negócios de 79 jurisdições, responsáveis por 94% do PIB mundial.
O relatório também classifica os países com base em mais de 250 indicadores de complexidade empresarial.
O relatório afirma que Hong Kong ainda mantém um “ambiente favorável aos negócios, caracterizado por um regime tributário simples e baixo”, apesar da tomada do poder pelo Partido Comunista Chinês (PCCh).
A Nova Zelândia manteve a reputação de ser um “lugar simples para fazer negócios. Isso se deve em grande parte à abordagem proativa do governo em acolher investimentos estrangeiros e simplificar os processos administrativos”.
No entanto, alertou que “o alto custo de vida continua a ser uma barreira significativa, afetando os custos operacionais e os esforços de expansão”.
O governo da Nova Zelândia continua focado em apoiar as PMEs, que continuam a dominar o mercado, resultando em mudanças mínimas nas políticas para empresas multinacionais, e embora a legislação que está por vir para atrair investidores ricos, oferecendo um “visto de ouro”, possa “impactar ligeiramente o cenário empresarial”, o relatório prevê que “não são esperadas reformas significativas”.
Em comparação, Hong Kong manteve um ambiente “propício para novos empreendimentos, já que é fácil abrir uma empresa e as leis trabalhistas locais são fáceis de entender”.
Mas o relatório alertou que “o cenário geopolítico, especialmente as tensões comerciais entre os EUA e a China continental, afeta a posição de Hong Kong como intermediária no comércio global”.
Enquanto isso, a própria China deu um passo na direção oposta, passando para o top 10 dos países mais difíceis para se negociar, ocupando o 10º lugar, ante o 11º no ano passado.
“As leis chinesas… são atualizadas com frequência para se adaptar às mudanças econômicas e sociais”, observa o Relatório de Complexidade Global. “Isso exige que as empresas alinhem constantemente seus esforços de conformidade com os novos requisitos. Além disso, as regulamentações regionais variam entre as inúmeras províncias, adicionando outra camada de complexidade.
“A implementação de novas políticas também ocorre frequentemente de forma rápida, sem longos períodos de consulta, o que contribui para o cenário imprevisível”.
A Austrália está classificada no meio do caminho entre os dois extremos, na 47ª posição, bem atrás de países como o Reino Unido (68) e os EUA (64). Números mais altos indicam menor complexidade.
O lugar mais complexo do mundo para fazer negócios é a Grécia, que também ficou em primeiro lugar no ano passado, seguida pela França, México e Turquia.
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