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Moraes torna públicos vídeos e áudios da delação de Mauro Cid | Alexandre de Moraes | STF | delação premiada


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, liberou nesta quinta-feira (20) os vídeos e áudios do depoimento do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, que estava em sigilo. 

A delação premiada de Cid, que havia sido transcrita no dia anterior, agora está acessível ao público, oferecendo novos detalhes sobre o monitoramento do ministro do STF, Alexandre de Moraes, realizado no fim de 2022.

Em seu depoimento, Cid revelou que recebeu e repassou informações confidenciais sobre as movimentações de Moraes a Bolsonaro, como parte de uma investigação interna em busca de confirmar boatos sobre o envolvimento de Moraes com o então vice-presidente Hamilton Mourão. 

Segundo Cid, a decisão de monitorar o ministro do STF foi tomada diretamente por Bolsonaro, que desconfiava de encontros entre Moraes e Mourão. 

O ex-ajudante de ordens relatou que o presidente, ao receber informações não confirmadas, ordenava verificações, mesmo quando as informações eram de fontes duvidosas.

A divulgação do material ocorre no mesmo momento em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro, o ex-ministro Braga Netto e outros 32 envolvidos em um esquema para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. 

A acusação inclui crimes como liderança de organização criminosa e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. 

Caso o STF aceite a denúncia, Bolsonaro passará a responder por um processo penal.

Cid afirma que Moraes foi monitorado 

Em seu depoimento, Mauro Cid confirmou que, no final de 2022, repassou informações sobre o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes a Jair Bolsonaro. As informações foram publicadas pelo O Globo nesta quinta-feira (20).

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, explicou que a vigilância foi motivada pela desconfiança do então presidente de que Moraes estaria se encontrando com o vice Hamilton Mourão. 

O objetivo seria verificar a veracidade dessa informação.

De acordo com a delação, o monitoramento ocorreu durante todo o mês de dezembro e foi ordenado diretamente por Bolsonaro. 

Ainda de acordo com a delação, as informações sobre o monitoramento foram obtidas por Cid através de mensagens trocadas com o ex-assessor de Bolsonaro, Marcelo Câmara, que se referia a Moraes pelo codinome “professora”.

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