Brazil

Milhares de pessoas comemoram o Dia Mundial do Falun Dafa com desfile em Nova Iorque | Falun Gong | liberdade religiosa | direitos humanos


Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

Nova Iorque — Milhares de praticantes de Falun Dafa marcharam por Manhattan em um desfile no dia 9 de maio, comemorando 33 anos desde que a prática espiritual foi apresentada ao público — data que hoje é conhecida como o Dia Mundial do Falun Dafa.

O desfile começou sob uma chuva que variava de garoa a tempestade, no lado leste da cidade, no portão de entrada para as Nações Unidas, na Dag Hammarskjöld Plaza, na Rua 47. O percurso seguiu pelo centro de Manhattan, terminando pouco antes do Consulado Chinês, na Rua 42, próximo ao Rio Hudson.

O Falun Dafa, também conhecido como Falun Gong, é uma prática espiritual guiada pelos princípios de verdade, compaixão e tolerância, e incorpora cinco exercícios meditativos. Tornou-se extremamente popular após ser apresentado ao público na China, em 1992. Em 1999, estimativas oficiais indicavam que pelo menos 70 milhões de pessoas já praticavam na China.

O Partido Comunista Chinês (PCCh), percebendo a popularidade da prática pacífica como uma ameaça ao seu controle, lançou uma perseguição violenta contra os praticantes de Falun Gong em julho de 1999. Apesar da perseguição contínua — que muitas vezes se estende ao exterior — pessoas em mais de 100 países adotaram a prática. Todos os anos, próximo ou no dia 13 de maio, comemorações coloridas são realizadas em todo o mundo para marcar o aniversário da apresentação do Falun Gong ao público e para expor as mentiras da propaganda caluniosa do PCCh sobre a prática.

Falun Gong practitioners take part in a parade to celebrate World Falun Dafa Day and call for an end to the Chinese Communist Party's persecution of the faith in China, in New York City on May 9, 2025. (Larry Dye/The Epoch Times)
Praticantes de Falun Gong participam de um desfile para celebrar o Dia Mundial do Falun Dafa e pedir o fim da perseguição do Partido Comunista Chinês à fé na China, na cidade de Nova Iorque, em 9 de maio de 2025 (Larry Dye/The Epoch Times)

O desfile contou com uma banda marcial, tocadores de tambores de cintura, danças do dragão e do leão, bandeiras e faixas coloridas com mensagens como “verdade, compaixão, tolerância” em diversos idiomas, praticantes do Falun Gong demonstrando os exercícios meditativos e uma ala em apoio aos mais de 466 milhões de pessoas que já renunciaram à sua filiação ao Partido Comunista Chinês (PCCh) e às suas organizações afiliadas.

“Quero que as pessoas conheçam a verdade — que o Falun Dafa é baseado na verdade, compaixão e tolerância — e que saibam o quão bela é essa prática e como eu, pessoalmente, me beneficiei ao seguir esses princípios”, disse Rakesh Nayak, um praticante de Falun Gong que participou do desfile, ao The Epoch Times.

Nayak contou que cresceu como hindu em Mumbai, na Índia, e frequentou inúmeros templos, mas nunca foi ensinado a viver segundo os princípios de verdade, compaixão e tolerância. Quando descobriu o Falun Gong, há 15 anos, ele vivia em um apartamento cheio de imagens religiosas — cerca de 20 —, mas, ainda assim, era um homem irritadiço e frequentemente nervoso.

Ao ouvir que o Falun Gong ensinava os princípios de “verdade, compaixão e tolerância”, ele disse que aquilo lhe pareceu a coisa mais natural do mundo, e começou a viver com base nesses valores. Após iniciar a prática, ele mudou tanto que sua mãe e irmã ficaram surpresas e se interessaram pela prática. Segundo ele, os princípios o levaram a sempre dizer a verdade, pensar primeiro nos outros com compaixão e enxergar os desafios da vida sob uma nova perspectiva.

Segurando uma faixa com os três princípios durante o desfile, Nayak disse esperar que as pessoas possam enxergar o Falun Gong como ele realmente é — e não se deixem enganar pela propaganda do PCCh.

Olivier Chartrand e sua esposa, Maud Bertholet, disseram que também se beneficiaram muito ao praticar o Falun Dafa, e queriam compartilhar essa experiência com os outros por meio do desfile.

“Essa prática é realmente sobre cultivo pessoal. É, de fato, uma jornada individual,” disse Chartrand.

“Fiquei mais focado, cada vez mais calmo, e também passei a ter um grande senso de propósito e uma forma de elevar constantemente meus valores morais.

“É uma abordagem, um método, que realmente possibilita através do esforçar individual ser uma pessoa melhor.”

Olivier Chartrand and Maud Chartrand Bertholet take part in a parade to celebrate World Falun Dafa Day and call for an end of the persecution in China, in New York City, on May 9, 2025. (Samira Bouaou/The Epoch Times)
Olivier Chartrand e Maud Chartrand Bertholet participam de um desfile para celebrar o Dia Mundial do Falun Dafa e pedir o fim da perseguição na China, na cidade de Nova Iorque, em 9 de maio de 2025 (Samira Bouaou/The Epoch Times)

Bertholet disse que, desde que começou a praticar o Falun Dafa, passou a ter uma compreensão muito mais profunda da vida.

“Sinto uma grande conexão com algo superior a mim e, por causa disso, consigo realmente me aprimorar, saber quem eu sou. Também consigo apreciar muito mais as pessoas, pensar nelas e ter compaixão”, afirmou.

“Essa prática é extremamente bela, mas vem sendo perseguida há tantos, tantos anos, e tantas pessoas sofrem com isso.”

Chartrand comentou que o cultivo pessoal é algo ensinado e transmitido há milhares de anos na China. No entanto, devido à popularidade do Falun Gong após ter sido ensinado publicamente nos anos 1990, o Partido Comunista Chinês passou a persegui-lo.

“Uma das razões pelas quais realizamos desfiles tão grandes é, claro, para mostrar a beleza da prática e como todos se beneficiaram com ela — mas também para conscientizar sobre o fato de que pessoas estão sendo assassinadas, neste exato momento, na China”, disse Chartrand.

“Acho importante que as pessoas se perguntem: ‘Por que será que tanta gente pratica isso… pessoas de todas as origens?’”

“Sou do Canadá, [minha esposa] é da França, originalmente. Vivemos em Nova Iorque. Mas pessoas da Rússia, da África, de todo o mundo praticam, porque, no fim das contas, não é uma prática exclusivamente chinesa — ela realmente toca no cerne do que significa ser um ser humano decente, e isso é algo comum a todas as culturas, a todos os caminhos espirituais voltados ao aprimoramento pessoal.”

Falun Gong practitioners take part in a parade to celebrate World Falun Dafa Day and call for an end of the persecution in China, in New York City, on May 9, 2025. (Larry Dye/The Epoch Times)
Praticantes de Falun Gong participam de um desfile para celebrar o Dia Mundial do Falun Dafa e pedir o fim da perseguição na China, na cidade de Nova Iorque, em 9 de maio de 2025 (Larry Dye/The Epoch Times)

A perseguição total do Partido Comunista Chinês (PCCh) ao Falun Dafa resultou na detenção ilegal, tortura e até assassinato de um número incalculável de praticantes, inclusive para extração de órgãos. A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou recentemente dois projetos de lei que impõem sanções a qualquer pessoa envolvida na prática da extração forçada de órgãos com pessoas vivas.

Li Ming disse que não é exagero afirmar que o Falun Gong salvou sua vida.

Quando foi apresentada à prática, em 1997, na China, ela disse que mal conseguia se manter viva. Havia sido vítima de um atropelamento seis meses antes, o que lhe causou uma lesão cerebral traumática. Praticamente acamada, mal conseguia andar sem cair de joelhos, contou Li. Apesar de ter pouco mais de 40 anos na época, era facilmente confundida com alguém na casa dos 70.

Mas, um dia, foi tomada por uma sensação de que precisava sair de casa. Ao fazer isso, um estranho lhe perguntou se conhecia o Falun Gong — uma prática de meditação que havia se tornado popular, em parte, por seus benefícios à saúde.

Li ficou extremamente interessada e, ao voltar para casa, pediu a um parente que a levasse a um parque no dia seguinte para que pudesse aprender os exercícios e a meditação.

Hoje com 76 anos e cheia de energia, vivendo nos Estados Unidos, Li participou do desfile de sexta-feira como integrante da equipe de tambores de cintura. O tambor é um instrumento tradicional, disse ela, e o grupo busca transmitir aos ouvintes a beleza do Falun Dafa.

Pouco tempo depois de começar a praticar, o PCCh iniciou sua perseguição, e Li foi uma das inúmeras praticantes ilegalmente aprisionadas. Posteriormente, conseguiu fugir para a Tailândia e, depois, mudou-se para a Malásia, onde participou de uma apresentação com tambores de cintura em um desfile do Dia Mundial do Falun Dafa pela primeira vez. Desde então, vem fazendo isso todos os anos, contou Li, que se mudou para Nova Iorque em 2013.

“Quero que as pessoas saibam que o Falun Gong é bom”, disse ela. “Não acreditem no PCCh, que só pode levar as pessoas à ruína.”

Nora Ravitzki, uma espectadora do desfile, disse que achou muito importante o que os praticantes do Falun Gong estavam fazendo.

“Na verdade, acho muito comovente que estejam lutando contra a perseguição, e espero que isso ressoe com as pessoas certas”, disse Ravitzki.

Verdade, compaixão e tolerância são valores de que o mundo inteiro precisa neste momento, afirmou ela, acrescentando: “É muito inspirador, e espero que todos sigam essas três palavras.”

Sarah Lu contribuiu para esta reportagem.

Falun Gong practitioners take part in a parade to celebrate World Falun Dafa Day in New York City on May 9, 2025. (Larry Dye/The Epoch Times)
Praticantes do Falun Gong participam de um desfile para celebrar o Dia Mundial do Falun Dafa na cidade de Nova Iorque em 9 de maio de 2025. (Larry Dye/The Epoch Times)
Falun Gong practitioners talk to onlookers during the parade to celebrate World Falun Dafa Day in New York City on May 9, 2025. (Samira Bouaou/The Epoch Times)
Praticantes de Falun Gong participam de um desfile para celebrar o Dia Mundial do Falun Dafa e pedir o fim da perseguição na China, na cidade de Nova Iorque, em 9 de maio de 2025. (Samira Bouaou/The Epoch Times)
Falun Gong practitioners take part in a parade to celebrate World Falun Dafa Day and call for an end of the persecution in China, in New York City, on May 9, 2025. (Samira Bouaou/The Epoch Times)
Praticantes de Falun Gong participam de um desfile para celebrar o Dia Mundial do Falun Dafa e pedir o fim da perseguição na China, na cidade de Nova Iorque, em 9 de maio de 2025. (Samira Bouaou/The Epoch Times)
Falun Gong practitioners take part in a parade to celebrate World Falun Dafa Day and call for an end of the persecution in China, in New York City, on May 9, 2025. (Samira Bouaou/The Epoch Times)
Praticantes de Falun Gong participam de um desfile para celebrar o Dia Mundial do Falun Dafa e pedir o fim da perseguição na China, na cidade de Nova Iorque, em 9 de maio de 2025. (Samira Bouaou/The Epoch Times)
Falun Gong practitioners take part in a parade to celebrate World Falun Dafa Day in New York City, on May 9, 2025. (Larry Dye/The Epoch Times)
Praticantes do Falun Gong participam de um desfile para celebrar o Dia Mundial do Falun Dafa na cidade de Nova Iorque em 9 de maio de 2025. (Larry Dye/The Epoch Times)
Falun Gong practitioners take part in a parade to celebrate World Falun Dafa Day and call for an end of the persecution in China, in New York City, on May 9, 2025. (Samira Bouaou/The Epoch Times)
Praticantes de Falun Gong participam de um desfile para celebrar o Dia Mundial do Falun Dafa e pedir o fim da perseguição na China, na cidade de Nova Iorque, em 9 de maio de 2025. (Samira Bouaou/The Epoch Times)
Falun Gong practitioners take part in a parade to celebrate World Falun Dafa Day in New York City on May 9, 2025. (Larry Dye/The Epoch Times)
Praticantes do Falun Gong participam de um desfile para celebrar o Dia Mundial do Falun Dafa na cidade de Nova Iorque em 9 de maio de 2025. (Larry Dye/The Epoch Times)
Falun Gong practitioners take part in a parade to celebrate World Falun Dafa Day and call for an end of the persecution in China, in New York City, on May 9, 2025. (Samira Bouaou/The Epoch Times)
Praticantes de Falun Gong participam de um desfile para celebrar o Dia Mundial do Falun Dafa e pedir o fim da perseguição na China, na cidade de Nova Iorque, em 9 de maio de 2025. (Samira Bouaou/The Epoch Times)
Falun Gong practitioners take part in a parade to celebrate World Falun Dafa Day and call for an end of the persecution in China, in New York City, on May 9, 2025. (Samira Bouaou/The Epoch Times)
Praticantes de Falun Gong participam de um desfile para celebrar o Dia Mundial do Falun Dafa e pedir o fim da perseguição na China, na cidade de Nova Iorque, em 9 de maio de 2025. (Samira Bouaou/The Epoch Times)
Falun Gong practitioners take part in a parade to celebrate World Falun Dafa Day and call for an end of the persecution in China, in New York City, on May 9, 2025. (Samira Bouaou/The Epoch Times)
Praticantes de Falun Gong participam de um desfile para celebrar o Dia Mundial do Falun Dafa e pedir o fim da perseguição na China, na cidade de Nova Iorque, em 9 de maio de 2025. (Samira Bouaou/The Epoch Times)
Falun Gong practitioners take part in a parade to celebrate World Falun Dafa Day and call for an end of the persecution in China, in New York City, on May 9, 2025. (Samira Bouaou/The Epoch Times)
Praticantes de Falun Gong participam de um desfile para celebrar o Dia Mundial do Falun Dafa e pedir o fim da perseguição na China, na cidade de Nova Iorque, em 9 de maio de 2025. (Samira Bouaou/The Epoch Times)
Falun Gong practitioners take part in a parade to celebrate World Falun Dafa Day and call for an end of the persecution in China, in New York City, on May 9, 2025. (Samira Bouaou/The Epoch Times)
Praticantes de Falun Gong participam de um desfile para celebrar o Dia Mundial do Falun Dafa e pedir o fim da perseguição na China, na cidade de Nova Iorque, em 9 de maio de 2025. (Samira Bouaou/The Epoch Times)

 

© Direito Autoral. Todos os Direitos Reservados ao Epoch Times Brasil (2005-2024)



Source link

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *