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Menos oferta causa inflação dos alimentos, afirma IBGE


A inflação dos alimentos observada no mês de janeiro foi causada pela redução na oferta de produtos como tomate e cenoura, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro mostrou que o grupo alimentos e bebidas teve alta de 0,96%.

O impacto foi de 0,21 ponto percentual no indicador geral, que fechou o mês em 0,16%, o menor valor para janeiro desde 1994.

Apesar dessa alta, o resultado representa uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando o grupo alimentos e bebidas subiu 1,18%. O aumento nos preços de transportes (1,3%) foi o único que superou os alimentos, com impacto de 0,27 ponto percentual no IPCA.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já expressou preocupação com a alta dos preços, principalmente dos alimentos.

O governo estuda medidas, como reduzir tarifas de importação, especialmente das famílias com renda de até 40 salários mínimos, que gastam 21,69% de seu orçamento com alimentação.

Entre os alimentos que mais pressionaram os preços, o tomate teve um aumento de 20,27%, enquanto a cenoura subiu 36,14%, com impactos significativos no IPCA.

O gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves, explicou que a escassez desses produtos foi causada por uma menor oferta, devido a problemas climáticos e à redução da produção. 

“A cenoura tem uma concentração de produção em Minas Gerais, Bahia e Goiás enviando menos produto para o mercado, então teve uma redução na oferta”, disse Gonçalves.

Ele também destacou que o tomate foi afetado pelas chuvas intensas, que danificaram a produção e reduziram a oferta, especialmente no fim da safra. Além disso, a maior demanda global e os impactos climáticos também influenciaram a alta do café, que subiu 8,56%.

Em contrapartida, o aumento das carnes foi mais modesto, de 0,36%, devido à melhoria do pasto com a chegada das chuvas, que reduziu os custos de produção.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que a safra recorde de 2025 e a queda do dólar devem ajudar a conter a inflação dos alimentos.

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