Guatemala concorda em aceitar deportados dos EUA de outras nações no acordo com Rubio
Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
O presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, anunciou em 5 de fevereiro que seu país aceitaria imigrantes ilegais de outros países que estão sendo deportados dos Estados Unidos, após reunião com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.
Intitulado acordo de “Terceiro País Seguro”, a aceitação da Guatemala atuaria como uma etapa do plano final dos EUA de devolver todos os deportados a seus países de origem, o que, segundo Arévalo, seria feito às custas dos Estados Unidos.
A Guatemala já está cooperando com os Estados Unidos no recebimento de voos militares e civis de deportação.
“Concordamos em aumentar em 40% o número de voos de deportados, tanto de nossa nacionalidade quanto de deportados de outras nacionalidades”, disse Arévalo durante uma coletiva de imprensa com Rubio.
Arévalo disse anteriormente à Associated Press que o acordo “Safe Third Country” de seu antecessor durante o primeiro mandato de Trump era “absolutamente inadequado”. Ele disse que uma abordagem mais regional era necessária, mas não descartou a possibilidade de fazer um acordo semelhante.
O anúncio da Guatemala foi feito depois que o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, anunciou o plano de seu país de aceitar imigrantes ilegais presos de qualquer nacionalidade em seu sistema prisional, bem como cidadãos americanos condenados, se a oportunidade surgir.
Todos os prisioneiros que chegassem seriam adicionados à nova “mega-prisão” de El Salvador chamada Centro de Confinamento de Terrorismo, inaugurada em 2023 e com capacidade para 40.000 detentos. Seria cobrada dos Estados Unidos uma taxa que Bukele descreveu como sendo “relativamente baixa para os EUA”, mas alta o suficiente para ajudar a sustentar o sistema prisional.
A Guatemala foi a última parada de Rubio em sua primeira viagem ao exterior como secretário de Estado. Sua viagem de cinco países pela América Latina também incluiu a Costa Rica e a República Dominicana. As preocupações com a imigração do governo Trump foram uma das principais prioridades da viagem.
A primeira parada de Rubio foi no Panamá, onde se reuniu com o presidente José Raúl Mulino, que mais tarde anunciou que o Panamá não renovaria seu acordo com a Iniciativa Cinturão e Rota (BRI) do Partido Comunista Chinês quando o acordo expirasse.
Rubio disse na plataforma de rede social X que a decisão de Mulino de não renovar a BRI foi “um grande passo à frente para as relações entre os EUA e o Panamá, um Canal do Panamá livre e outro exemplo da liderança [de Trump] para proteger nossa segurança nacional e proporcionar prosperidade ao povo americano”.
A influência do regime chinês sobre o Canal do Panamá tem sido uma preocupação de segurança nacional para os Estados Unidos. A CK Hutchinson Holdings, uma empresa sediada em Hong Kong, ainda opera os portos em ambas as extremidades do Canal do Panamá, Balboa a oeste e Cristobal a leste.
Aldgra Fredly, Frank Fang e The Associated Press contribuíram para este artigo.
© Direito Autoral. Todos os Direitos Reservados ao Epoch Times Brasil (2005-2024)