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Depois da chinesa DeepSeek, Nvidia espera nova safra de startups de IA em 2025 | inteligência artificial | inovação | tecnologia


A inteligência artificial continuará a crescer a passos largos em 2025, com o surgimento de novas empresas que devem ganhar destaque no cenário global. 

De acordo com Marcio Aguiar, diretor da divisão Enterprise da Nvidia para a América Latina, o ano promete revelar startups com a mesma audácia e inovação da DeepSeek, a chinesa que saiu do anonimato para se consolidar como uma referência mundial — um sinal claro de que a corrida tecnológica está apenas começando.

“Veremos outras ‘DeepSeeks’ sendo anunciadas ao longo do ano”, antecipa Aguiar. 

Para ele, o surgimento da DeepSeek provou que não é preciso ser uma gigante da tecnologia para criar soluções de ponta. 

Empresas menores, com volumes de dados mais modestos, estão encontrando caminhos para inovar a partir de tecnologias já consolidadas — e isso está reescrevendo as regras do jogo.

O caso da DeepSeek é emblemático. Mesmo sem acesso aos chips mais avançados da Nvidia, bloqueados pelos embargos comerciais dos Estados Unidos, a startup conseguiu resultados impressionantes. 

A solução? Utilizar computadores Nvidia adaptados ao mercado chinês e, principalmente, explorar ao máximo modelos neurais já disponíveis, cortando etapas e reduzindo custos de treinamento.

“Isso barateia o custo do tempo de processamento. Será a tendência, nós já esperávamos”, explica Aguiar. E se isso deu certo na China, a lógica se aplica também a outros mercados. 

Startups nos Estados Unidos e até na América Latina podem seguir o mesmo caminho, tirando proveito de atalhos criados por anos de pesquisa e desenvolvimento no setor.

Enquanto essa nova leva de inovadores ganha espaço, a Nvidia segue colhendo os frutos do crescimento explosivo da demanda por IA. No trimestre encerrado em janeiro, a empresa faturou US$ 39,3 bilhões — um salto de 78% em relação ao mesmo período do ano anterior. 

O lucro líquido bateu US$ 28,7 bilhões. No acumulado de 2024, a receita atingiu US$ 130,4 bilhões, um crescimento de 114% em comparação a 2023. E o ritmo deve continuar acelerado em 2025.

Havia uma preocupação de que iniciativas como a DeepSeek pudessem canibalizar as vendas da linha Blackwell, série de chips mais avançada da Nvidia, projetada para data centers de gigantes como Google, Amazon e Meta. 

Mas, segundo Aguiar, esse temor não se confirmou. 

A demanda por esses processadores segue aquecida, acompanhando o apetite insaciável do mercado por infraestrutura capaz de suportar novos e cada vez mais complexos modelos de IA.

“Esse resultado do quarto trimestre já dá uma ideia do crescimento que teremos nos próximos trimestres. Temos uma demanda de pedidos dos nossos parceiros e clientes provedores de cloud ao longo dos próximos seis trimestres”, afirma Aguiar.

Se a DeepSeek abriu uma porta, muitas outras estão prestes a cruzá-la.

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