Da Inteligência à Imaginação Artificial: pesquisador propõe criação de “exocórtex científico” | inteligência artificial | IA | imaginação artificial
A inteligência artificial (IA), que antes parecia pertencer apenas ao universo da ficção científica, já faz parte da nossa rotina, impactando áreas como a ciência, a literatura e muitas outras. A capacidade da IA em auxiliar cientistas e pesquisadores a aprimorar teorias, além de desenvolver novas ideias, tem sido notável.
No entanto, estamos à beira de uma revolução ainda maior. O conceito de “Imaginação Artificial” promete levar a IA a um novo patamar, ultrapassando os limites do que conhecemos até então.
Exocórtex científico
Professor do Laboratório Nacional Brookhaven, nos Estados Unidos, Kevin Yager propôs a ideia de um “exocórtex científico” — avanço que integra a IA de maneira mais profunda no processo de pesquisa.
O córtex cerebral é a camada responsável por funções sensoriais e cognitivas. O exocórtex seria uma camada externa ao cérebro humano, funcionando como uma extensão do nosso pensamento, inspiração e criatividade. O artigo de Yager foi publicado no jornal Digital Discovery.
Em vez de interagir com simples assistentes virtuais, os cientistas usariam esse exocórtex para colaborar com agentes de IA, que ajudariam na formulação de hipóteses e experimentos, bem como no rearranjo de átomos e moléculas para a criação de novos materiais.
“Assim como as regiões especializadas do cérebro, que se coordenam para dar origem ao que chamamos de inteligência, o exocórtex integrará capacidades de IA individualizadas para resolver um problema ou gerar criatividade”, explica o cientista.
Rede de agentes
Diferente das interações com IA tradicionais, como os assistentes de bate-papo ChatGPT ou Gemini, o exocórtex envolveria uma rede de múltiplos agentes, cada um especializado em uma área específica da pesquisa.
Esses agentes seriam capazes de realizar tarefas simultaneamente, como vasculhar literatura científica, analisar dados experimentais e até sugerir novos experimentos — tudo em tempo real e sem a necessidade de intervenção manual.
A ideia é que, ao trabalharem juntos, esses agentes proporcionem uma colaboração mais fluida, levando os pesquisadores a soluções criativas e inovadoras.
Futuro promissor e acelerado
Apesar do grande potencial da proposta, Yager destaca que a criação do exocórtex não será tarefa fácil. O desenvolvimento de uma rede de IAs interconectadas e personalizadas exige um esforço mundial.
Cientistas de diferentes partes do planeta deverão colaborar para criar novos agentes e aprimorar a tecnologia.
Se tudo correr conforme o planejado, em breve os pesquisadores poderão “baixar” novos agentes de IA, como fazemos com aplicativos em nossos smartphones, para potencializar o trabalho de seus exocórtexes individuais.
Yager acredita que a evolução dessa tecnologia terá um efeito multiplicativo: à medida que os cientistas aprimoram as capacidades da IA e a infraestrutura do exocórtex, os avanços serão exponenciais, trazendo soluções criativas e acelerando o progresso científico de maneira nunca vista antes.
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