Confira os principais destaques de hoje, 15 de abril e acontecimentos que marcaram a história.
Principais acontecimentos nos Estados Unidos
O governo americano congelou US$ 2,2 bilhões em subsídios e 60 milhões em contratos para Harvard, após a universidade se recusar a cumprir as exigências da administração Trump contra programas de diversidade e protestos anti-semitas no campus.
Harvard afirmou que não abrirá mão de sua independência nem de seus direitos constitucionais. Em resposta, o Departamento de Educação declarou que investimento federal “não é um direito” e depende do cumprimento das leis.
A Casa Branca exige mudanças em admissões, contratações e uma auditoria sobre antissemitismo e diversidade de opiniões. Harvard tem até agosto de 2025 para se adequar, mas disse que não aceitará o acordo.
CAMBRIDGE, MASSACHUSETTS – 17 DE MARÇO: Uma pessoa passa correndo pela Elliot House na Universidade de Harvard em 17 de março de 2025 em Cambridge, Massachusetts (Foto de Scott Eisen/Getty Images)
Remédios e chips sob investigação
Em paralelo, está ocorrendo uma investigação governamental para saber se a importação de remédios e chips representa risco à segurança dos Estados Unidos. A ideia de Trump é avaliar se o país está dependendo demais de produtos feitos no exterior.
A análise inclui desde ingredientes farmacêuticos até peças de semicondutores. O governo quer saber se a indústria americana consegue atender a demanda e se países como a China estão praticando preços injustos.
O prazo para terminar a investigação é de 270 dias e pode resultar em novas tarifas. Durante esse tempo, produtos como celulares e computadores , seguem isentos de taxas.
Deportação de criminosos americanos
Já na área da segurança pública, Trump afirmou que gostaria de deportar alguns cidadãos americanos condenados por crimes violentos. Ele fez a declaração durante um encontro com o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, na Casa Branca.
Trump disse que criminosos locais deveriam ser tratados como estrangeiros ilegais e incluídos nas deportações.
Bukele, que foi responsável por uma forte repressão contra crimes como assassinatos e tráfico de narcóticos, afirmou ter espaço para receber esses criminosos, e negou a possibilidade de devolver aos Estados Unidos um membro da MS-13 deportado “por engano”.
O presidente Donald Trump se reúne com o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, no Salão Oval da Casa Branca, em 14 de abril de 2025 (Brendan Smialowski/AFP via Getty Images)
Ataques em prisões francesas
Enquanto isso, na Europa, a França tem tomado medidas parecidas com as realizadas em El Salvador, com a construção de presídios de segurança máxima e novas leis contra o crime organizado. As medidas foram tomadas em resposta à explosão do tráfico de cocaína na Europa.
Criminosos têm respondido ao governo atacando várias prisões francesas nos últimos dias. Segundo o ministro da Justiça, Gerald Darmanin, houve incêndios de veículos e ameaças a agentes penitenciários.
A promotoria antiterrorismo assumiu a investigação dos ataques, que também envolve a inteligência interna francesa. O governo alerta que as ações buscam intimidar o Estado e afetam diretamente a segurança pública.
Hungria bane eventos públicos LGBTQ+
Ainda na Europa, o parlamento da Hungria aprovou uma emenda constitucional que permite banir eventos públicos LGBTQ+, como a parada do orgulho em Budapeste.
A nova regra afirma que os direitos das crianças estão acima do direito de reunião e permite o uso de reconhecimento facial para identificar participantes de eventos proibidos, com previsão de multas.
A emenda também define que só existem dois sexos — homem e mulher —, excluindo legalmente identidades trans e intersexo. Críticos acusam o governo de usar a pauta para mobilizar a base conservadora antes das eleições.
Um simpatizante do pequeno e satírico “Two-tailed Dog Party” segura uma imagem riscada do primeiro-ministro húngaro Viktor Orban contra uma bandeira do arco-íris durante uma marcha “Gray Pride Demo” em 12 de abril de 2025, para ridicularizar a repressão do primeiro-ministro húngaro Viktor Orban aos direitos e à diversidade LGBTQ. Os participantes responderam a um projeto de lei recentemente adotado, que visa proibir a Parada do Orgulho com base no fato de que ela infringe a criticada lei de “proteção à criança” da Hungria. (Foto de Attila KISBENEDEK / AFP) (Foto de ATTILA KISBENEDEK/AFP via Getty Images)
Ajuda ao Sudão
Ainda na Europa, a União Europeia e o Reino Unido anunciaram novos pacotes de ajuda para o Sudão, que está enfrentando uma guerra civil no país. A UE prometeu 520 milhões de euros e o Reino Unido, 120 milhões de libras.
O ministro britânico David Lammy alertou sobre a situação no país africano e pediu que o conflito não seja normalizado. Mais de 30 milhões de pessoas precisam de ajuda e 12 milhões foram deslocadas, segundo dados apresentados no evento.
Manifestantes sudaneses bloqueiam a rua 60 com pneus e pavimentadores em chamas enquanto as forças militares tentam dispersar um sit-in do lado de fora do quartel do exército de Cartum em 3 de junho de 2019 (Ashraf Shazly / AFP / Getty Images)
Ajuda ao palestinos
E já que falamos sobre regiões que estão em guerra, a União Europeia anunciou um pacote de ajuda de 1,6 bilhões de euros para a Autoridade Palestina, órgão que governa a Cisjordânia. O valor será destinado para ser gasto na Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental, que é administrada pela organização.
Cerca de um terço do total será repassado diretamente ao orçamento da Autoridade Palestina, para fortalecer a gestão pública, melhorar serviços e incentivar o setor privado. A agência da ONU que cuida de refugiados palestinos também receberá parte do dinheiro.
A UE defende que a Autoridade Palestina assuma o controle da Faixa de Gaza e que eles são os legítimos governantes da área dominada pelo Hamas.
Palestinos deslocados passam pelos escombros enquanto tentam retornar para suas casas no norte da Faixa de Gaza, em 19 de janeiro de 2025. (Dawoud Abu Alkas/Reuters)
Rússia declara que não irá abrir mão dos territórios
Já na guerra no Leste Europeu, a Rússia afirmou que não é fácil chegar a um acordo de paz com os Estados Unidos. O ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse que as negociações seguem, mas que Moscou não aceitará termos que considere como sendo “armadilhas”.
Lavrov reiterou que a Rússia não abrirá mão dos territórios ucranianos que ocupa e criticou o apoio ocidental à entrada da Ucrânia na OTAN. Ele também elogiou o “bom senso” de Trump, que defende o fim da guerra.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, participa de uma reunião em Moscou em 22 de fevereiro (EFE/EPA/Alexander Nemenov/Pool)
Enquanto isso na Ucrânia…
Do outro lado da guerra, a Ucrânia demitiu hoje o governador de Sumy, Volodymyr Artiukh, e o governador de Luhansk, Artem Lysohor. A decisão ocorreu após uma polêmica envolvendo uma cerimônia militar em Sumy no mesmo dia de um ataque russo que matou 35 pessoas.
Artiukh havia planejado entregar condecorações a soldados no dia 13 de abril, data do bombardeio. Ele confirmou o evento, mas negou ter sido o responsável direto pela organização. A iniciativa foi criticada por autoridades locais como um possível fator que atraiu o ataque.
O governo não detalhou oficialmente os motivos das demissões.
People lay flowers as they visit a makeshift memorial at the site of a missile attack in Sumy, northeastern Ukraine, on April 14, 2025, amid the Russian invasion of Ukraine. (Photo by ROMAN PILIPEY/AFP via Getty Images)
Acordo entre Vietnã e China
Agora indo em direção a Ásia… A China e o Vietnã assinaram 45 acordos de cooperação no início da visita de Xi Jinping ao Sudeste Asiático. Os pactos incluem projetos de infraestrutura, tecnologias como 5G, IA, energia limpa e semicondutores.
A visita da China busca fortalecer alianças regionais, enquanto as tarifas americanas — que chegam a 145% — pressionam a economia chinesa.
China suspende compra de jatos da Boeing
Pequim também ordenou que suas companhias aéreas suspendam a compra de jatos da Boeing e de peças aeronáuticas de empresas americanas, segundo a Bloomberg. A medida é uma resposta direta às tarifas de Donald Trump sobre produtos chineses.
A decisão afeta em cheio a Boeing, que tinha 179 entregas previstas para a China até 2027. Com isso, companhias como Air China e China Eastern podem optar por aviões da Airbus ou da fabricante chinesa COMAC.
O governo chinês avalia formas de ajudar as empresas impactadas, enquanto a guerra comercial entre EUA e China se intensifica, ameaçando o comércio bilateral de mais de US$ 650 bilhões.
Um avião Boeing 737 MAX 8 entregue à Air China durante uma cerimônia no Centro de Conclusão e Entrega do Boeing Zhoushan 737 em Zhoushan, na província oriental de Zhejiang, na China, em 15 de dezembro de 2018 (STR/AFP via Getty Images)
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Nascimento de Nikita Khrushchev
Hoje, 15 de abril de 1894, morreu Nikita Khrushchev, o primeiro secretário do Comitê do Partido Comunista da União Soviética, desde a morte de Joseph Stalin.
Ele foi o responsável por implementar uma série de reformas na União Soviética, muitas delas ineficazes, e liderou a URSS durante a crise dos mísseis de Cuba.
Após muitos conflitos internos ele foi tirado do poder em 1964 e morreu em 1971, com 77 anos, vítima de um ataque cardíaco.
Ditador cubano Fidel Castro (dir.) aparece nesta foto de arquivo de maio de 1963, quando se encontrou com seu homólogo soviético Nikita Khrushchev durante uma visita a Moscou (AFP / Getty Images)
E hoje também foi a data de nascimento do primeiro ditador comunista da Coreia do Norte, o Kim Il-sung.
Nascido em 1912, ele passou a Segunda Guerra Mundial na União Soviética ganhando o posto de líder da Coreia do Norte em 1948 pela própria URSS.
Dois anos depois ele iniciou a Guerra da Coreia ao invadir a Coreia do Sul. Na década de 1950, Kim começou a eliminar possíveis rivais e a criar um culto à sua personalidade.
Kim lidou com a divisão sino-soviética na década de 1960, mantendo relações tanto com a China quanto com a União Soviética.
Ele morreu em 1994, com 82 anos, também vítima de um ataque cardíaco.
Kim Il-sung (centro), numa reunião do Partido Comunista dos Trabalhadores da Coreia do Norte, em Pyonyang, em 1946. Atrás dele está uma foto de Stalin (esq.), responsável pela morte de dezenas de milhões de russos e pessoas da União Soviética, e um retrato próprio (dir.) (Reprodução)
Titanic afundou
E se falamos da morte de duas figuras históricas que geraram o caos no mundo, gerando a morte de milhões de pessoas que viveram sob seus regimes comunistas, hoje também foi o dia em que o Titanic afundou em 1912.
Ele é o considerado o maior desastre da história da navegação com mais de 1500 mortos. Na tela, vemos a manchete do jornal de Ohio noticiando a fatalidade.
RMS Titanic partindo de Southampton em 10 de Abril de 1912 (F.G.O. Stuart via Wikimedia Commons)