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Atualização global: destaques do cenário internacional | Tarifa EUA China | guerra comercial | DEI empresas EUA


Confira o resumo das principais notícias do Brasil e do mundo de hoje, 16 de abril.

EUA aplica tarifa de 245% sobre produtos chineses

E para iniciar nosso giro de hoje a gente continua falando sobre novos acontecimentos em torno da guerra tarifária. 

A Casa Branca divulgou hoje um documento oficializando uma nova tarifa de 245% sobre produtos chineses. 

Segundo o governo americano, a tarifa é uma resposta a retaliação da China e busca proteger a indústria americana

Vale lembrar que a tarifa anterior imposta por Trump estava em 145%. Na sexta-feira, Pequim havia respondido com uma taxa de 125% sobre produtos americanos.

Enquanto mais de 75 países já estão negociando com os Estados Unidos, a China não sinalizou interesse em acordos. 

O presidente dos EUA Donald Trump gesticula antes de embarcar no Air Force One ao partir para a Flórida, na Base Conjunta de Andrews, Maryland, em 28 de março de 2025. (Reuters/Kevin Lamarque)

Da guerra tarifária para a guerra contra Diversidade, Equidade e Inclusão

E saindo da guerra tarifária para a guerra contra o DEI, 15 procuradores-gerais estaduais dos EUA enviaram uma carta a CEOs de grandes empresas pedindo o fim dos programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI). Segundo eles, essas políticas são ilegais, divisivas e colocam as empresas em risco jurídico.

A carta foi direcionada ao grupo Business Roundtable, que reúne executivos de empresas como Apple, Pfizer e JPMorgan. Os procuradores afirmam que essas companhias abandonaram suas obrigações com os acionistas em troca de pautas ideológicas.

Trump emitiu vários decretos contra iniciativas de DEI no governo federal. Os autores da carta dizem que o objetivo é proteger investidores e consumidores, defendendo o livre mercado e a igualdade diante da lei.

Captura de tela da primeira página da carta (Governo americano)

EUA vista Síria

E se estamos falando em guerra, a Síria, que passa por uma guerra civil, vai receber uma delegação de parlamentares americanos nos próximos dias. As informações vieram do jornal libanês Al-Modon.

Segundo o jornal, o objetivo principal é discutir a possibilidade de suspender ou flexibilizar as sanções impostas pelos EUA, além de avaliar a situação humanitária no país, que enfrenta crises prolongadas a anos.

Para Farouk, presidente do Conselho Sírio-Americano, o Congresso dos EUA tem interesse em entender o cenário do país após a queda do regime de Bashar al-Assad. Ainda não tem nenhuma confirmação oficial por parte dos americanos.

O líder do islamista sírio Hayat Tahrir al-Sham (HTS) Ahmed al-Sharaa, dirige-se a uma multidão na mesquita Umayyad em Damasco, Síria, em 8 de dezembro de 2024. (Aref Tammawi/AFP)

Hong Kong x EUA:

Enquanto isso na Ásia, Hong Kong, que é controlada pelo PCCh, anunciou hoje a suspensão imediata dos envios postais com mercadorias para os Estados Unidos, em resposta às novas tarifas impostas por Washington. O envio de documentos continua liberado.

A medida é uma retaliação ao fim da isenção americana para produtos de até US$ 800 enviados de Hong Kong. A administração local classificou a decisão dos EUA como “irracional e intimidatória”.

Hong Kong alertou que os custos para enviar produtos aos EUA serão agora “exorbitantes”.

Nova forma 

Mais de 190 países conseguiram aprovar nesta terça-feira o texto do primeiro tratado global da história sobre pandemias, após três anos de difíceis negociações.

O pacto é legalmente vinculante e prevê acesso justo a vacinas, remédios e insumos médicos em todo o mundo.

Fabricantes terão que destinar 20% da produção durante pandemias à OMS — sendo metade em doações e metade a preços acessíveis. O acordo também obriga os países a criarem políticas nacionais de acesso a tecnologias e tratamentos.

Os EUA, sob Trump, deixaram as negociações e não serão obrigados a seguir o pacto. O texto ainda será votado na assembleia da OMS em maio.

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, participa de uma conferência de imprensa sobre o 75º aniversário da Organização Mundial da Saúde em Genebra, em 6 de abril de 2023. (Fabrice Coffrini/AFP via Getty Images)

“O Ocidente como conhecemos não existe mais”

Ainda no velho mundo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que “o Ocidente como conhecemos não existe mais”, em meio ao desgaste entre Europa e EUA. Ela afirmou que a Europa continua sendo um continente de paz, com regras claras e respeito entre os países, mas que questionava se os Estados Unidos tinham mudado.

Sem falar diretamente no nome de Trump, ela disse que a relação com os americanos está difícil. Segundo ela, muitos países agora procuram a União Europeia, em vez dos EUA, por causa da confiança e estabilidade que o bloco oferece.

Para lidar com a crise, von der Leyen tem conversado com líderes de países como o Canadá, Cingapura e até mesmo a China.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em uma conferência de imprensa na sede da Comissão Europeia em Bruxelas, em 7 de abril de 2025. (Nicolas Tucat/ AFP)

Israelenses proibidos de entrar nas Maldivas

 Já no Oriente Médio, o governo das Maldivas anunciou ontem, terça-feira, a proibição imediata da entrada de cidadãos israelenses no país. A decisão, segundo o presidente Mohamed Muizzu, é um ato de “solidariedade resoluta” com os palestinos.

A medida foi aprovada pelo Parlamento e ratificada pelo presidente no mesmo dia. Apesar de o número de turistas israelenses no país ser pequeno, a decisão tem caráter simbólico e político. As Maldivas já haviam suspendido relações diplomáticas com Israel em 1974 e nunca restauraram oficialmente esses laços.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel já havia alertado seus cidadãos a evitarem viagens ao país devido ao aumento do sentimento anti-Israel desde o início da guerra com o Hamas.

Manifestantes reúnem-se para mostrar solidariedade para com os palestinianos durante uma manifestação realizada na região da praia artificial na capital, Malé, em 14 de outubro de 2023. (Foto de Mohamed Afrah / AFP) (Foto de MOHAMED AFRAH/AFP via Getty Images)
Manifestantes reúnem-se para mostrar solidariedade para com os palestinianos durante uma manifestação realizada na região da praia artificial na capital das Maldivas, Malé, em 14 de outubro de 2023. (Foto de Mohamed Afrah / AFP) (Foto de MOHAMED AFRAH/AFP via Getty Images) 

Israel irá permanecer na Faixa de Gaza

E se Israel é retaliado devido a guerra contra o Hamas, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que as tropas israelenses permanecerão indefinidamente em zonas de segurança na Faixa de Gaza, no Líbano e na Síria. O país não pretende recuar de áreas tomadas, o que pode dificultar as negociações com o Hamas para um cessar-fogo.

Katz disse que essas zonas servirão como barreiras entre os inimigos e as comunidades israelenses, mesmo em situações temporárias ou permanentes. Israel afirma que mais de 20 mil eram combatentes do Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, gesticula enquanto fala durante uma coletiva de imprensa conjunta com o ministro das Relações Exteriores da Hungria, seu anfitrião, no Ministério das Relações Exteriores em Budapeste, Hungria, em 17 de junho de 2024 (Foto de ATTILA KISBENEDEK/AFP via Getty Images)

Enquanto isso no Brasil

Finalizando o nosso giro no Brasil, a deputada Erika Hilton (PSOL) cancelou sua participação na Brazil Conference at Harvard & MIT após o governo dos EUA emitir um visto oficial classificando seu gênero como masculino. Ela considerou o episódio uma forma de transfobia institucional e uma violação de sua identidade de gênero.

Segundo sua equipe, o processo de emissão do visto enfrentou entraves desde o início, refletindo, segundo eles, as novas diretrizes do governo Trump.

A deputada chamou o caso de “problema diplomático” e cobrou uma resposta do Itamaraty, afirmando que o episódio representa “uma expressão escancarada da transfobia de Estado praticada pelo governo americano”.

Brasília (DF) 10/10/2023 – Deputada do PSOL-SP, Erika Hilton (Foto Lula Marques/ Agência Brasil)

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