Brazil

Aeroporto de Belo Horizonte recebe voo com deportados dos EUA


O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, será o destino do primeiro voo de deportados enviados aos Estados Unidos após a posse de Donald Trump. 

O voo, previsto para chegar na noite desta sexta-feira (24), transportará 158 deportados, sendo 88 brasileiros, conforme dados fornecidos pelo Itamaraty. 

Em entrevista ao SBT News, o governo brasileiro confirmou a repatriação, esclarecendo que ela ocorre dentro dos termos de um acordo bilateral entre Brasil e EUA, estabelecido em 2017, durante o primeiro mandato de Trump.

O Ministério das Relações Exteriores também destacou que este é o segundo voo de deportação de brasileiros em 2025. O primeiro ocorreu no início de janeiro, ainda sob a administração do democrata Joe Biden.

O governo de Trump já iniciou a execução de suas promessas de campanha, com a deportação de imigrantes ilegais sendo uma das prioridades. 

Recentemente, a nova porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, compartilhou nas redes sociais a informação de que mais de 500 imigrantes ilegais foram presos desde a posse de Trump. 

Ela também destacou que centenas de deportações já ocorreram, muitas delas em aeronaves militares. A medida reforça o compromisso do novo governo com uma “grande operação de deportação” que promete transformar a gestão de imigração no país.

Embora o foco principal esteja nas deportações de imigrantes ilegais de diversas nacionalidades, a operação também reflete o endurecimento das políticas de Trump, que inclui a revisão de pedidos de asilo e o envio de militares para a fronteira. 

O presidente americano revogou uma série de medidas de seu antecessor, Biden, incluindo a autorização de reunificação de famílias separadas na fronteira, e anunciou reforço nas ações contra cartéis de drogas, agora classificados como “organizações terroristas estrangeiras”.

Justiça bloqueia decisão de Trump sobre imigrantes ilegais

Na quinta-feira (23), uma decisão judicial bloqueou temporariamente a ordem executiva de Donald Trump, que visava negar a cidadania americana aos filhos de imigrantes ilegais. 

A medida foi considerada inconstitucional, sendo um desafio direto à 14ª Emenda da Constituição, que, desde 1868, garante cidadania automática a qualquer criança nascida no território dos Estados Unidos. Essa proteção histórica foi criada no contexto dos filhos de ex-escravizados após a Guerra Civil, quando a escravidão no país foi oficialmente abolida com a 13ª Emenda à Constituição, ratificada em 1865.

Poucos dias após assumir o cargo, Trump assinou a ordem com o objetivo de restringir o fluxo de imigração ilegal e acabar com o chamado “turismo de nascimento”, no qual mulheres viajam para os EUA para dar à luz e garantir que seus filhos obtenham a cidadania americana.

A determinação exclui da cidadania as crianças nascidas após 19 de fevereiro, cujos pais estejam no país de maneira ilegal, e ainda impede a emissão de documentos que possam reconhecer esse status.

© Direito Autoral. Todos os Direitos Reservados ao Epoch Times Brasil (2005-2024)



Source link

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *