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Paquistão lança ataques retaliatórios em meio às crescentes tensões com a Índia | ataques militares | retaliação | Tensão regional


Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

O Paquistão afirmou neste sábado (10) que lançou ataques contra instalações militares indianas em resposta à alegada ofensiva da Índia contra três de suas próprias bases militares.

As Forças Armadas do Paquistão informaram que a operação incluiu o local de armazenamento de mísseis BrahMos em Beas e bases aéreas em Udhampur e Pathankot, segundo a mídia estatal.

O ministro das Relações Exteriores do Paquistão, Mohammad Ishaq Dar, disse à televisão local que, se a Índia parar por aqui, então “consideraremos parar por aqui também”.

Em relação aos ataques militares do Paquistão no sábado, o Exército indiano declarou que “todas as ações hostis foram eficazmente neutralizadas e respondidas de maneira apropriada”.

Antes do ataque de retaliação, o porta-voz das Forças Armadas do Paquistão, Ahmed Sharif Chaudhry, afirmou que a Índia havia disparado mísseis contra bases militares estratégicas paquistanesas em Nur Khan, Shorkot e Murid na madrugada de 10 de maio. Segundo ele, esses mísseis foram interceptados pelas defesas aéreas do Paquistão, e não houve vítimas.

O Ministério da Defesa da Índia não comentou publicamente os supostos ataques, mas afirmou que suas tropas estão em “alto estado de alerta” após a detecção de drones em 26 locais ao longo da fronteira internacional e da Linha de Controle com o Paquistão na região de Jammu e Caxemira.

Alguns dos drones eram suspeitos de estarem armados. O ministério informou que algumas pessoas ficaram feridas quando um drone armado atingiu uma área civil em Ferozpur, no dia 10 de maio.

O ministério acusou o Paquistão de violar a soberania da Índia e colocar vidas civis em risco ao intensificar as tensões na frente oeste por meio de incursões com drones e uso de munições.

Vários drones hostis foram detectados sobrevoando Amritsar, no estado indiano de Punjab, às 5h da manhã, no horário local, em 10 de maio. Eles foram interceptados e neutralizados pelos sistemas de defesa aérea da Índia, acrescentou o ministério.

Autoridades militares do Paquistão disseram, no dia 10 de maio, que usaram mísseis Fateh-1 para atingir alvos na Índia, alegando que causaram “grandes perdas” e destruíram “vários esconderijos inimigos”. O Epoch Times não conseguiu verificar essas informações de forma independente.

Os temores de que os arsenais nucleares dos países pudessem ser utilizados aumentaram quando os militares do Paquistão anunciaram que um alto órgão militar e civil responsável por supervisionar suas armas nucleares se reuniria, mas o ministro da Defesa posteriormente afirmou que tal reunião não estava agendada.

As tensões entre os dois países aumentaram desde um ataque terrorista ocorrido em 22 de abril na parte da Caxemira administrada pela Índia — uma região do Himalaia que faz fronteira com o Paquistão, Índia e China — no qual três homens armados mataram 26 pessoas, a maioria turistas hindus do sexo masculino.

A Índia acusou o Paquistão de envolvimento, mas o Paquistão rejeitou a acusação. Um grupo chamado Resistência da Caxemira reivindicou o ataque posteriormente, e a Índia afirmou que se trata de uma ramificação do Lashkar-e-Taiba, um grupo terrorista que já atacou militares e policiais indianos na Caxemira administrada pela Índia.

Em 7 de maio, a Índia lançou ataques contra nove locais que identificou como “infraestrutura terrorista” no Paquistão e na região da Caxemira e Jammu administrada pelo Paquistão, em retaliação ao ataque terrorista.

O Paquistão afirmou que pelo menos 31 civis morreram e cerca de 50 ficaram feridos nos ataques, e o primeiro-ministro paquistanês prometeu que o país “responderá de forma decisiva” ao ataque.

Alerta de Viagem

Os Estados Unidos emitiram um alerta de viagem para o Paquistão em meio aos recentes confrontos entre Paquistão e Índia. Em 9 de maio, o Consulado Geral dos EUA em Lahore, no Paquistão, instruiu seu pessoal a permanecer abrigado no local.

Cidadãos norte-americanos que vivem no Paquistão foram aconselhados a deixar áreas de conflito ou a permanecerem abrigados caso não possam sair com segurança.

“Estamos cientes dos relatos de ataques militares da Índia ao Paquistão. Esta continua sendo uma situação em desenvolvimento, e estamos acompanhando de perto os desdobramentos”, disse a embaixada dos EUA em comunicado divulgado em 7 de maio.

A Caxemira, uma região de maioria muçulmana, está no centro das hostilidades pelas quais Nova Délhi e Islamabad travaram duas de suas três guerras.

A Índia administra a maior parte da Caxemira, enquanto o Paquistão controla as áreas ao norte e a oeste, e a China controla um território a leste — parte do qual foi cedido pelo Paquistão.

Reuters e Chris Summers contribuíram para esta reportagem.

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