Ao lado de Motta e Alcolumbre, Lula diz que não haverá “problema” na relação com Congresso | lula | congresso | governo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu, nesta segunda-feira (3), no Palácio do Planalto, com os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), respectivamente.
Primeiro contato oficial entre o presidente e os líderes do Legislativo, o encontro teve como objetivo estreitar relações e procurar apoio da nova cúpula do Congresso à agenda do governo.
Durante a reunião, Lula garantiu que não haverá problemas na relação entre o Executivo e o Congresso e afirmou compromisso em trabalhar de forma colaborativa com os líderes das duas Casas.
“Quero dizer para eles que eles não terão problema na relação política com o Poder Executivo. Eu jamais mandarei para o Senado e para a Câmara um projeto que seja de interesse pessoal do presidente Lula ou de um partido político. Jamais mandarei projeto para Câmara ou Senado sem antes ouvir as lideranças dos partidos políticos”, afirmou o presidente.
Lula destacou a importância do que entende por “convivência democrática”, e aproveitou para alfinetar seus opositores de viés conservador, ao dizer que a convivência dele com Motta e Alcolumbre será “exemplo para o futuro e para aqueles que fazem parte do presente e não querem entender a necessidade da convivência democrática”.
Motta prometeu colaborar para a construção de uma “agenda produtiva” para o Brasil.
“Buscaremos uma agenda produtiva, que esta harmonia possa perseverar. Quem ganha com isso são 200 milhões de brasileiros”, disse.
Alcolumbre, por sua vez, externou que o espírito do encontro foi essencialmente colaborativo e não há tempo de “criar crises onde não existe”.
“Este é um gesto para o Brasil, de maturidade institucional. Nosso país ainda tem muita desigualdade. Não temos tempo de criar crises onde não existe. Precisamos apoiar a agenda do governo e aprimorar os projetos, com debates”, declarou.
Desafios e pautas
O encontro não teve uma pauta específica, mas foi uma oportunidade para Lula dar início ao diálogo sobre a agenda prioritária do governo.
Entre as principais questões a serem tratadas estão a aprovação do Orçamento de 2025, a reforma do Imposto de Renda e a regulamentação da reforma tributária.
Lula, que havia dado apoio à eleição de Alcolumbre e Motta, agora busca o suporte da nova cúpula do Congresso para essas pautas.
De acordo com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a reunião foi um gesto de “acolhimento”, com o intuito de estabelecer uma relação de confiança e colaboração entre o Executivo e o Legislativo.
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